"Ahhh no meu tempo não tinha LGBT", então você nasceu em outro planeta. Para você não falar merda por aí, saiba mais sobre a sexualidade humana.
Lembre-se que esse é um texto de mil palavras é o resumo, do resumo do resumo. Fique por aqui que vai vir muito mais.
Em alguma de suas filosofadas, seja na mesa do bar, no chuveiro ou antes de dormir, você já se perguntou como foi que as primeiras pessoas resolveram transar?
Ou, pra ficar mais bonito, como era a sexualidade humana há milênios?
Pois bem, da Grécia Antiga à Inglaterra vitoriana, a sexualidade tem sido parte integrante de nossa história. E na real, é um bom tema para ser discutido, debatido e explorado de diversas formas, assim como foi ao longo dos séculos.
Neste post, veremos apenas alguns destaques dessa linha do tempo, já que seria impossível falar sobre toda a história da sexualidade por aqui.
Afinal, o sexo em si é “´fácil”, mas sua narrativa e tudo o que envolve o desejo pelo outro é (sempre!) amplo e complexo.
Navegue pelos conteúdos
A sexualidade humana nos Tempos Antigos
Os humanos exploram seus desejos sexuais desde tempos imemoriais. Na Antiga Mesopotâmia, por exemplo, há registros de prostituição, ritual e cerimônias sagradas de casamento envolvendo homens e mulheres.
Não existia absolutamente nada das coisas que estamos habituados atualmente, mas os caras já queriam um fuc fuc. Sábios!
Já na Grécia e Roma Antigas, o sexo era visto como uma parte importante da vida – com relacionamentos e a sexualidade humana entre homens e mulheres sendo vistos como normais e aceitos pela sociedade.
Porém, segundo o pesquisador da USP Renato Pinto, o sexo entre homens era comum principalmente em Atenas, mas com algumas ressalvas. Até porque, nunca na face da Terra as coisas foram tão liberais assim.
Nesse caso, ser o passivo da relação era considerado algo quase imoral, que feria a honra, assim como a prostituição de homens.
A sexualidade também é destaque na mitologia grega, do caso de Zeus com Leda ao sequestro de Perséfone por Hades.
Na verdade, quase tudo na mitologia envolvia casos de paixão, traição, filhos, amantes e etc, né?
As orgias, por exemplo, eram muito comuns e realizadas até mesmo em nome de deuses como Dionísio (ou Baco, para os romanos).
A sexualidade humana na Idade Média
Em contraste com as eras anteriores, a sexualidade durante a Idade Média foi amplamente reprimida.
Fuén, fuén, fuéén… Foi aqui que começamos a regredir?!
À medida que o cristianismo crescia e exercia sua influência sobre toda a Europa, o sexo era cada vez mais visto como algo pecaminoso ou imoral.
Antes do casamento? Deus me livre! (literalmente) Depois do casamento? Apenas para procriar!
Essa ideia levou à uma cultura de sexualidade humana em que qualquer tipo de expressão sexual fora do casamento era desaprovada ou até punida severamente pelas autoridades.
Se formos pensar em relações homoafetivas, então… era capaz da pessoa ir parar na fogueira.
Isso permaneceu praticamente inalterado até o século 18, quando as atitudes começaram a mudar novamente.
Amém, mas sabemos que atualmente também não está perfeito.
Na Inglaterra Vitoriana
A Inglaterra Vitoriana viu uma mudança significativa nas atitudes opressivas em relação à sexualidade humana que dominaram os séculos anteriores.
Embora as atitudes em relação ao sexo antes do casamento ainda fossem um tanto conservadoras (especialmente para as mulheres, sempre as mulheres!) a masturbação e as relações entre pessoas do mesmo sexo estavam começando a ser aceitas.
Óbvio que isso ainda era um tabu, e não eram todas as pessoas que aceitavam, assim como não é até hoje. Porém, foi um bom começo se lembrarmos das mãos pesadas da Igreja na Idade Média.
Essa tendência continuou no século 20, quando a psicanálise freudiana começou a se espalhar pela Europa, introduzindo novas ideias sobre a compreensão da sexualidade humana que moldaram nossa compreensão hoje.
Hoje em dia, está tudo muito melhor?
Hoje, há uma aceitação muito maior de diversas formas de sexualidade em todo o mundo do que nunca – desde o ativismo pelos direitos LGBTQIA+, até programas abrangentes de educação sexual nas escolas.
Assim, pessoas já se assumem abertamente, andam de mãos dadas, se casam, adotam filhos, etc.
Além disso, pessoas solteiras não se reprimem sexualmente, se fala sobre os mais diversos tipos de fetiche, há sexo em filmes, novelas, enfim.
Desse modo, é importante não perder de vista o quão longe chegamos em termos de compreensão de nossas próprias sexualidades.
É somente olhando para trás em nossa história que podemos realmente entender o quanto progredimos ao longo do tempo!
Por outro lado, também é inegável o quanto ainda temos que evoluir. O Brasil, por exemplo, é o país que mais mata pessoas da comunidade LGBTQIA+.
Até mesmo mulheres heterossexuais são taxadas de “puta”, “vadia” e “fácil”, quando resolvem ter vários parceiros sexuais, o que é comum para os homens.
Esses são só alguns exemplos do que ainda precisa ser trabalhado em relação à sexualidade humana, mas esta linha do tempo nos mostra como os humanos sempre foram diversos - não importa em que época eles viveram!
Comments